RELATÓRIO
DA PRÊ-CONFERÊNCIA REGIÃO PARTENON – 21/08/2018
I. Local da realização da Pré – Conferência: Instituto Leonardo
Murialdo – Ação Social - R.
Vidal de Negreiros, 583 - São José, Porto Alegre - RS, 91520-000
II.
Introdução
A Pré-Conferência do Partenon ocorreu no dia
21/08/2018, com a presença de 212 participantes, 177 adolescentes e 35 adultos.
Iniciando na hora marcada tendo na mesa de
abertura representante do ILEM, Edilene Santos, da Coordenação da Rede, Ricardo
Menegotto, do CMDCA, Diego Centeno, e os adolescentes Kaiã Marcelo Souza de
Oliveira, Gabriela Silva, Adrian Guilherme Silva. Nas falas iniciais foram
apontadas as dificuldades que passam os serviços de atenção a criança e
adolescentes no município de Porto Alegre, dentre elas a falta de recursos, a
diminuição das equipes de trabalho na assistência social e a falta de recursos
humanos na saúde e educação.Também foi citada a greve dos municipários,
que na data já estava no vigésimo
segundo dia. Dificuldades essas que deveriam ser debatidas nos eixos de
discussão para melhoria das políticas de atenção às crianças e adolescentes. Os
adolescentes apontaram para a oportunidade de realização dos sonhos.
III. Desenvolvimento dos trabalhos
a)
Aspectos
positivos e dificuldades/problemas encontrados durante o processo da
Pré-Conferência; Aspectos negativos: falta de materiais para realização da
Pré-conferência; falta de formação para os facilitadores. Número reduzido de
representantes dos serviços e adultos em geral. Não participação dos
Conselheiros Tutelares na organização da Pré-Conferência. Reduzida
participação e falta engajamento dos
Conselheiros Tutelares.
Como aspectos positivos citamos, a
apresentação cultural da Escola Frei Pacífico que abordou a questão da inclusão
e prevenção ao bullying. A grande participação de crianças e adolescentes nos
eixos temáticos (cerca de 80%).
b)
Programação da Pré-Conferência
PROGRAMAÇÃO
13h às 13h30min – INSCRIÇÕES
13h30min ÀS 14h – ABERTURA
14h às 16h – MESAS DE DEBATES (EIXOS)
16h às 17h – RELATOS DAS MESAS E
ENCERRAMENTO
c)
Houve Educomunicadores na Conferência?
Não. Porém, tivemos facilitadores, membros da Rede de Atendimento, sem formação
específica.
IV.
Público da Conferência:
Segmentos
|
Total de
Participantes Feminino
|
Total de
Participantes Masculino
|
Crianças
|
5
|
8
|
Adolescentes
|
79
|
85
|
Conselho de Direitos da Criança
e do Adolescente
|
-
|
2
|
Conselho Tutelar
|
-
|
1
|
Conselhos Setoriais (Saúde,
Educação, Assistência Social...)
|
|
|
Conselho de Segmentos
(Pessoa com
Deficiência, Povos
Indígenas, Mulher, Diversidade Racial, LGBT...)
|
|
|
Poder Legislativo
|
|
|
Poder Judiciário
|
|
|
Ministério Público
|
|
|
Defensoria Pública
|
|
|
Segurança Pública
|
|
|
Política de Educação
|
6
|
1
|
Política de Saúde
|
5
|
|
Política de Assistência Social
|
26
|
8
|
Política da Socioeducação
|
1
|
4
|
Políticas de Esporte, Lazer,
Cultura
|
|
|
Política de Trabalho e Emprego
|
|
|
Política de Habitação
|
|
|
Universidades (copiar parte da
descrição da universidade)
|
|
|
Fórum
dos Direitos da Criança e do Adolescente e Movimentos Sociais vinculados à Infância e à Adolescência
|
|
|
Organizações da Sociedade Civil
|
16
|
4
|
Organizações Governamentais
|
|
|
Total de
Participantes
|
112
|
100
|
V.
Propostas:
Eixos Temáticos
|
I- Garantia de Direitos e
Políticas Públicas Integradas e de Inclusão
Social
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Pergunta Geradora
|
Propostas
(que estimulem o diálogo sobre as estratégias necessárias
para promover a articulação intersetorial, a transversalidade e a integração
das políticas voltadas à garantia dos direitos de crianças e adolescentes)
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1. O que fazer para garantir a articulação
intersetorial entre as políticas?
|
|
||
2. O que
fazer para garantir o respeito à diversidade na elaboração e implantação das
políticas de educação, saúde e assistência social, entre outras?
|
Proposta Municipal e Estadual:
- Transporte escolar
adequado para deslocamento das crianças especiais;
- Efetivação de Proposta
Pedagógica de inclusão nas escolas;
- Professor auxiliar na
inclusão;
- Instituição com
formação em libras;
- Escola com professor
capacitado para atender crianças especiais;
- Investir nas escolas,
não as fechar.
- Oferecer mais vagas de
EJA (ensino Fundamental e Médio)
- SCFV ( antigo SASE) com condições para
atender crianças especiais;
- Mais profissionais na
área da psicologia e psiquiatria;
- Saúde mental: cuidado
com os profissionais/professores;
- SEGURANÇA: mais
segurança nas escolas e ruas da comunidade /região;
- FASC – oferecer mais
atendimento;
- Conselho Tutelar: ter
um olhar a mais nos casos;
- Saúde mental: cuidado
com os profissionais/professores;
|
||
3. O que
fazer para garantir a proteção integral de crianças e adolescentes de grupos
em situação de vulnerabilidade social, considerando suas especificidades locais, regionais, culturais e
identitárias?
|
Proposta Municipal:
|
Proposta Estadual:
|
Proposta Nacional:
|
Eixos Temáticos
|
II-
Prevenção e Enfrentamento da Violência
Contra Crianças e Adolescentes
|
||
Pergunta Geradora
|
Propostas
Propostas que
estimulem o debate, a prevenção e o enfrentamento das diversas formas de
violência, como letal, sexual, física e psicológica:
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1. O que fazer para formular políticas
integradas com foco na prevenção
de violência contra crianças e adolescentes?
|
Proposta Municipal, Estadual e Nacional:
- Retomar as ações
propostas nas conferências anteriores;
- Fortalecer as
instituições que existem na comunidade. E não apenas as escolas, que já estão
sobrecarregadas;
- Conselho Tutelar
realizar um trabalho preventivo (utilizar o espaço da escola, saúde e
assistência social);
- Prevenção ao uso de
drogas;
- Ampliar/aumentar
espaços/projetos para os jovens/adolescentes se expressarem (música, grafite,
dança, etc);
- Lugares para brincar;
- Aumentar as áreas de
lazer;
- Aumento da oferta de
espaços de esporte;
- Ampliar vagas/escolas
para EJA em todos turnos em diferentes territórios;
- Fortalecer entidades
de morador/comunitárias;
|
||
2. O que fazer para implantar os
mecanismos de escuta qualificada
de crianças e adolescentes vítimas de violência?
|
Proposta Municipal e Estadual:
- Contratar
profissionais para escutar as situações de violência (psicólogas e
assistentes sociais e outros), evitando o silenciamento e opressão das
vítimas.
- Mais espaços de
escutas das famílias;
|
||
3. O que
fazer para assegurar o acesso à
justiça e às garantias legais de crianças e adolescentes sem
discriminação de qualquer
natureza?
|
Proposta Municipal:
|
Proposta Estadual:
|
Proposta Nacional:
|
4. O que fazer para enfrentar o
preconceito e situações de
discriminação?
|
Proposta Municipal, Estadual e Nacional:
- Debates, formações,
rodas de conversa sobre discriminação e racismo;
- Melhorar as formas de
abordagem da Polícia (Acabar com a violência nas abordagens);
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5. O que fazer para enfrentar a violência
em ambiente escolar?
|
Proposta Municipal e Estadual:
- Colocação de câmeras
de segurança nas escolas;
- Oferecer subsídios
para a escola regular acolher /incluir crianças e adolescentes com
necessidades educativas especiais;
- Abolir com o uso da
linguagem violenta;
- Qualificar e aproximar
a relação da família com a escola; espaço para discussão com as famílias;
- Reforço da Guarda
Municipal nas escolas;
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6. O que fazer para enfrentar a violência em instituições de acolhimento
e no sistema de atendimento socioeducativo?
|
Proposta Municipal Estadual:
- Abolir o uso da linguagem violenta;
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7. O que fazer para garantir o uso seguro das novas tecnologias da
informação e comunicação social por crianças e adolescentes?
|
- Uso das ferramentas das
redes sociais a favor dos adolescentes (postar coisas positivas) não só
reproduzir coisas negativas;
- Uso das redes sociais
para denunciar violências;
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8. O que fazer para reduzir os índices de homicídios na
adolescência?
|
Proposta Municipal, Estadual e Nacional:
- Ampliar/aumentar
espaços/projetos para os jovens/adolescentes se expressarem (música, grafite,
dança, etc) para evitar as mortes/homicídios de adolescentes
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Eixos Temáticos
|
III- Orçamento e financiamento das
Políticas para Crianças e Adolescentes
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Pergunta Geradora
|
Propostas
Propostas que debatam
sobre as formas de ampliar os recursos destinados a crianças e adolescentes
nas diversas áreas do governo, bem como aprimorar a gestão desse orçamento:
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1. O que
fazer para ampliar o orçamento destinado a crianças e adolescentes nas
diversas políticas públicas? (exceto fundos par a criança e o
adolescente)
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Proposta Municipal, Estadual e Nacional:
- Revogação da PEC 241,
que limita/congela os gastos públicos por 20 anos;
- Aprovação da PEC
383/2017 que destina 1% no mínimo da receita para o SUAS.
- Destinar verbas de
viagens do Prefeito para o Fundo
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Funcriança)
|
||
2. O que
fazer para aprimorar a gestão do orçamento destinado a crianças e
adolescentes?
|
Proposta Municipal, Estadual e Nacional:
- Aprimorar o portal da
transparência com informações de arrecadação e gastos com a área de crianças
e adolescentes
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3. O que fazer para diversificar e ampliar as formas
de financiamento dos fundos para criança e
adolescente?
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Proposta Municipal:
|
Proposta Estadual:
|
Proposta Nacional:
|
4. O que
fazer para garantir a gestão efetiva dos fundos para a criança e o
adolescente, promovendo melhor aplicação dos recursos?
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Proposta Municipal:
- O CMDCA ter mais
autonomia na deliberação de recursos;
- Prefeitura apoiar a
criação do CPA (Comitê de Participação Adolescente) no CMDCA.
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5. O que fazer para garantir as
especificidades locais, regionais, culturais e
identitárias dos diferentes segmentos sejam consideradas no orçamento e nos
fundos para a criança e adolescente?
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Proposta Municipal:
|
Proposta Estadual:
|
Proposta Nacional:
|
Eixos Temáticos
|
IV- Participação, Comunicação Social e Protagonismo de
Crianças e Adolescentes
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Pergunta Geradora
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Propostas
Propostas que
identifiquem as ações necessárias para garantir que crianças e adolescentes
possam participar das discussões e deliberações de políticas públicas na
esfera municipal:
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1.
O que fazer para garantir participação e protagonismo de crianças e
adolescentes nos espaços de discussão e deliberação de políticas públicas,
considerando as esferas municipais, estaduais,
distrital e nacional?
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Proposta Municipal, Estadual e Nacional:
- Discussão em
assembleias, roda de conversas e/ou conversas privadas (se necessário) com as
crianças e adolescentes no SCFV ou em outros espaços;
- Realização de um grande
encontro dos SCFV para troca de ideias, metodologias e práticas;
- Que os espaços de
discussões sejam em forma de Roda de Conversa, para assim conseguirem se
colocarem e falarem sobre assuntos importantes para os jovens;
- Tornar os espaços mais
interessantes, onde sejam discutidos assuntos como educação sexual, saúde
mental, LGBTfobia, feminismo e outros.
|
||
2. O que fazer para garantir a
liberdade de expressão de crianças e adolescentes, assegurando a proteção
integral?
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Proposta Municipal, Estadual e Nacional:
- As escolas devem
discutir mais sobre História, Sociologia e Política;
|
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3.
O que fazer para potencializar a utilização das novas tecnologias de
informação e comunicação como estratégia de ampliação da participação de
crianças e
adolescentes?
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Proposta Municipal:
|
Proposta Estadual:
|
Proposta Nacional:
|
4. O que fazer para garantir
que as especificidades culturais e identitárias dos diferentes segmentos
sejam consideradas nos diversos
espaços?
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Proposta Municipal:
- Realizar (proporcionar)
encontros dentro das comunidades com diversos temas, atividades culturais,
potencializando os espaços de lazer da comunidade;
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Eixos Temáticos
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V- Espaços de Gestão e Controle Social das Políticas Públicas de
Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes
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Pergunta Geradora
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Propostas
As propostas devem aprofundar as
discussões sobre o papel dos conselhos de direito estaduais, distrital,
municipais e nacional na gestão da política e do orçamento destinado a
crianças e adolescentes. Também, que discuta sobre qual impacto dos espaços
de participação social (conselhos e conferências) no fortalecimento da
própria democracia, bem como a necessidade de incluir crianças e adolescentes
nos processos de gestão e controle social das políticas públicas:
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1. O que fazer para garantir a autonomia dos Conselhos de Direitos?
|
Proposta Municipal, Estadual e Nacional:
- Governo tem que ter
cuidado e respeitar as decisões dos Conselhos;
- Mobilização:
abaixo-assinados, greve, reunir pessoas.
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2. O que fazer para garantir o respeito às deliberações dos
Conselhos de Direitos?
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Proposta Municipal, Estadual e Nacional:
- Há desconhecimento da
existência dos Conselhos, deve melhorar a divulgação via internet, marketing,
cartazes, divulgar nas escolas.
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3. O que
fazer para melhorar a relação/integração
entre os conselhos nacional, estaduais e municipais dos direitos da
criança e do adolescente?
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Proposta Municipal:
|
Proposta Estadual:
|
Proposta Nacional:
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4. O que
fazer para fortalecer os Fóruns
Nacional, Estaduais e Distrital dos Direitos da Criança e do Adolescente?
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Proposta Municipal:
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Proposta Estadual:
|
Proposta Nacional:
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5. O que fazer para garantir o fortalecimento dos Conselhos Tutelares?
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Proposta Municipal:
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Proposta Estadual:
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Proposta Nacional:
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6. O que fazer para potencializar a incidência
política e o controle social das redes, fóruns e organizações da sociedade
civil defensoras dos direitos de crianças
e
adolescente?
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Proposta Municipal:
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Proposta Estadual:
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Proposta Nacional:
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Moções encaminhadas e aprovadas na socialização de
encerramento:
1) Que o CMDCA crie uma comissão de
monitoramento e acompanhamento das Conferências municipais e preste contas do
andamento das deliberações. (Moção de todos os eixos)
2) Repudiamos a violência permeável que
dificulta o acesso dos adolescentes e crianças nas escolas e nos espaços de
SCFV no território da Maria da Conceição.
(Moção encaminhada pelo Eixo 4)
3) Que a Brigada Militar combata a
violência sem usar a truculência. (Moção encaminhada pelo Eixo 4)
4) Repudiamos os critérios de ingresso
dos programas de aprendizagem executados pelo “Sistema S”, que não incluem os
adolescentes atendidos pela política de assistência social. (Moção encaminhada
pelos Eixos 1 e 4).